Portugal
Um país soberano unitário, localizado no Sudoeste da Europa, seu território situa-se na zona ocidental da Península Ibérica e em arquipélagos no Atlântico Norte.
Portugal é delimitado a norte e leste por Espanha e a sul e oeste pelo oceano Atlântico, sendo
uma parte continental e duas regiões autônomas: os arquipélagos dos Açores e da
Madeira.
Portugal é um país desenvolvido,com um Índice de
Desenvolvimento Humano (IDH) considerado como muito elevado. O país foi
classificado na 19.ª posição em qualidade de vida (em 2005),tem um dos
melhores sistemas de saúde do planeta e é também uma das nações mais
globalizadas e pacíficas do mundo.
Doçaria conventual
A doçaria conventual portuguesa é de extrema importância e o nome desta
categoria dá-se ao fato de serem doces criados por freiras que
viviam em conventos. Portugal é o país em que a doçaria conventual tem
maior destaque e que enriqueceu a gastronomia portuguesa, tendo sido a base
para muitas receitas de doces tradicionais e regionais.
A doçaria conventual tem como ingredientes principais o
açúcar, os ovos (sobretudo as gemas) e as amêndoas. Além destes ingredientes,
destaca-se também o doce de chila (particularmente
presente na doçaria conventual e tradicional alentejana) e a folha de obreia
(hóstia), utilizada em vários doces conventuais como os Celestes de Santa Clara
ou as Gargantas de Freira.
Os doces sempre estiveram presentes nas refeições dos
conventos, mas somente a partir do século XV, com a divulgação do açúcar,
atingiram notoriedade. O açúcar possibilitou a criação de várias caldas. Naquela
época, a população feminina dos conventos era, na sua maioria, composta por
mulheres que não tinham escolhido a vida conventual por fé, mas sim por
imposição social. Para se entreterem,
dedicavam-se à confecção de doces que foram diversificando e aprimorando.
Os conventos tinham fácil acesso aos diferentes produtos, facilitando as experiências.
Portugal sempre teve uma grande produção avícola,tornando-se o principal produtor de ovos da Europa entre os séculos XVIII e XIX. a maior parte da clara era exportada para ser utilizada em diversos fins, mas com isto, houve um grande excedente de gemas que eram em seu todo jogados fora ou dado aos porcos, e esta excedência aliada à abundância do açúcar que vinha das colônias portuguesas, juntas, tornaram uma inspiração para a criação de maravilhosas receitas de doces à base da gema de ovos nas cozinhas dos conventos. Os nomes atribuídos aos doces conventuais estão relacionados com a vida conventual ou a fé católica. Exemplo disso são, entre outras, receitas como:
* Barrigas de Freira
* Fatias dos Anjos
* Fatias de Bispo
* Papos de Anjo
* Pão de Ló
* Queijinhos do Céu
* Toucinho do Céu
Aos poucos, as técnicas e segredos da confecção dos doces
conventuais foi passando das freiras para as mulheres com quem tinham um
contato próximo ou que, por diversas razões, eram criadas nos conventos.
A partir de 1834, quando foi decretada a extinção das Ordens
Religiosas em Portugal, as freiras e monges precisaram "lutar" por seu dinheiro para o sustento. A venda de doces
conventuais foi uma das formas encontradas para minimizar a sua situação
financeira.
Dessa forma, as grandes receitas de doces conventuais portugueses, geralmente as mais simples, foram sendo conhecidas, tendo muitas delas passado de geração em geração e mantidas nas famílias das mulheres que contactaram diretamente com as doceiras conventuais.
Dessa forma, as grandes receitas de doces conventuais portugueses, geralmente as mais simples, foram sendo conhecidas, tendo muitas delas passado de geração em geração e mantidas nas famílias das mulheres que contactaram diretamente com as doceiras conventuais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário