domingo, 31 de agosto de 2014

Gastronomia de Portugal

Portugal

     Um país soberano unitário, localizado no Sudoeste da Europa, seu território situa-se na zona ocidental da Península Ibérica e em arquipélagos no Atlântico Norte.
     Portugal é delimitado a norte e leste por Espanha e a sul e oeste pelo oceano Atlântico, sendo uma parte continental e duas regiões autônomas: os arquipélagos dos Açores e da Madeira.
     Portugal é um país desenvolvido,com um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) considerado como muito elevado. O país foi classificado na 19.ª posição em qualidade de vida (em 2005),tem um dos melhores sistemas de saúde do planeta e é também uma das nações mais globalizadas e pacíficas do mundo.

                      

Doçaria conventual

     A doçaria conventual portuguesa é de extrema importância e o nome desta categoria dá-se ao fato de serem doces criados por freiras que viviam em conventos. Portugal é o país em que a doçaria conventual tem maior destaque e que enriqueceu a gastronomia portuguesa, tendo sido a base para muitas receitas de doces tradicionais e regionais.

     A doçaria conventual tem como ingredientes principais o açúcar, os ovos (sobretudo as gemas) e as amêndoas. Além destes ingredientes, destaca-se também o doce de chila (particularmente presente na doçaria conventual e tradicional alentejana) e a folha de obreia (hóstia), utilizada em vários doces conventuais como os Celestes de Santa Clara ou as Gargantas de Freira.

     Os doces sempre estiveram presentes nas refeições dos conventos, mas somente a partir do século XV, com a divulgação do açúcar, atingiram notoriedade. O açúcar possibilitou a criação de várias caldas. Naquela época, a população feminina dos conventos era, na sua maioria, composta por mulheres que não tinham escolhido a vida conventual por fé, mas sim por imposição social. Para se entreterem, dedicavam-se à confecção de doces que foram diversificando e aprimorando.

     Os conventos tinham fácil acesso aos diferentes produtos, facilitando as experiências.
   
      Portugal sempre teve uma grande produção avícola,tornando-se o principal produtor de ovos da Europa entre os séculos XVIII e XIX. a maior parte da clara era exportada para ser utilizada em diversos fins, mas com isto, houve um grande excedente de gemas que eram em seu todo jogados fora ou dado aos porcos, e esta excedência aliada à abundância do açúcar que vinha das colônias portuguesas, juntas, tornaram uma inspiração para a criação de maravilhosas receitas de doces à base da gema de ovos nas cozinhas dos conventos. Os nomes atribuídos aos doces conventuais estão relacionados com a vida conventual ou a fé católica. Exemplo disso são, entre outras, receitas como:

* Barrigas de Freira
* Fatias dos Anjos
* Fatias de Bispo
* Papos de Anjo
* Pão de Ló
* Queijinhos do Céu
* Toucinho do Céu

     Aos poucos, as técnicas e segredos da confecção dos doces conventuais foi passando das freiras para as mulheres com quem tinham um contato próximo ou que, por diversas razões, eram criadas nos conventos.

     A partir de 1834, quando foi decretada a extinção das Ordens Religiosas em Portugal, as freiras e monges precisaram "lutar" por seu dinheiro para o sustento. A venda de doces conventuais foi uma das formas encontradas para minimizar a sua situação financeira.
     Dessa forma, as grandes receitas de doces conventuais portugueses, geralmente as mais simples, foram sendo conhecidas, tendo muitas delas passado de geração em geração e mantidas nas famílias das mulheres que contactaram diretamente com as doceiras conventuais. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário